Uma fossa de esgoto a céu aberto está se tornando uma dor de cabeça para os moradores e prejuízo para os comerciantes da Avenida Central (Morro do Alemão), no Conjunto de Favelas do Complexo do Alemão.
O esgoto atravessa a calçada e invade toda a descida da rua e de acordo com moradores, a fossa sempre esteve no local, mas não teve a atenção necessária quando o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) chegou na comunidade.
Antônio Barros, porteiro da clínica conhecida como Postinho do Alemão, diz que o vazamento está completando três meses, desde o último temporal que atingiu a cidade, no final do mês de janeiro.
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A fossa fica localizada ao lado da clínica e devido ao lodo acumulado no local, pedestres já escorregaram e sofreram quedas. Os próprios funcionários, sempre que podem, fazem a limpeza do limo da calçada para que não ocorram novos acidentes.
Além dos acidentes, o esgoto está impedindo o funcionamento do comércio. É o que acontece com a lanchonete Central Point. A água contaminada invade o local, comprometendo o funcionamento. A proprietária, Jéssica Barbosa, diz que a lanchonete é sua única fonte de renda e contabiliza vários prejuízos.
“Já perdi mercadoria, muitas estragaram. Quando chove, o lixo de parte da comunidade desce todo, acumulando bem aqui na porta daminha loja fazendo o esgoto transbordar. A gente não pode abrir. Vendemos alimentos e não dá para ficar aqui dentro”, destaca.
De acordo com moradores, a CEDAE já esteve no local para atender os chamados, mas nada foi feito. “O vazamento vem acontecendo há muitos meses, mas desde o carnaval ele está entupindo e vazando muito. Antes a gente pagava alguém para fazer a limpeza, mas chegou um momento em que não está funcionando mais. Estamos esperando que isso seja resolvido de forma definitiva”, completa Davi Carvalho da Cunha, marido de Jéssica.
O presidente da Associação de Moradores do Morro do Alemão, disse que já entrou em contato com vários órgãos pedindo a realização de uma obra para o problema ser solucionado de modo definitivo.
Uma semana depois do contato com a CEDAE, a equipe de jornalismo do Voz da Comunidade ligou para Jéssica Barbosa, moradora e dona de comércio prejudicado. Fomos informados de que a CEDAE limpou superficialmente o local, sugando o esgoto, mas os vazamentos persistiram no dia seguinte.