Bloco Afroreggae leva a marca da qualidade para o carnaval de rua carioca

Mais 200 mil pessoas acompanharam o ritmo afinado de um dos movimentos sociais mais importantes do país.
Mais 200 mil pessoas acompanharam o ritmo afinado de um dos movimentos sociais mais importantes do país.

O desfile aconteceu nesta segunda-feira (20) à tarde, entre os postos 9 e 8 da orla de Ipanema. O Bloco AfroReggae desfilou com o tema “Samurais” e levou mais uma vez a marca da qualidade das suas produções para o Carnaval de rua do Rio.
Fantasias caprichadas, criadas pelo figurinista Giovani Targa, da TV Globo, e coreografias inovadoras embaladas pela pegada forte dos percussionistas ferveram os mais 200 mil foliões que lotaram os quatro cantos em torno do trio. Há quem diga que eram mais de 1 milhão de pessoas!
Bailarinos, circenses, malabares e até um artista que cuspia fogo encantaram turistas de todas as regiões do país, cariocas e estrangeiros. No comando do trio elétrico estrearam Daniel Camillo (do programa “Ídolos” da Record) e Alexandre Mangalona (do Afro Samba), ao lado de Dinho da Banda AR21 e de Priscila, há 2 anos vocalista de axé do Bloco AfroReggae.
Até de cima do trio elétrico a organização, que há 19 faz a mediação de conflitos nas favelas do Rio, teve mediar um inicio de tumulto, mas depois tudo seguiu na normalidade e no embalo da alegria e energia que caracterizam o desfile do Bloco AfroReggae.
A avó de um dos ritmistas não descuidava da hidratação do neto e dizia que estava ali para “se divertir, comemorar mais um ano de dedicação” à causa do AfroReggae, que é a de transformação social, mas que o principal era “vigiar o neto” que suava a fantasia de guerreiro samurai à frente da pegada forte da, já reconhecida, percussão do AfroRaggae.

Ivana Bentes, Coordenadora da Escola de Comunicação da UFRJ (ECO_UFRJ) e parceira de criação do curso de extensão “Conexões Universidade”, inspirado no programa de TV da ONG, se rendeu a energia do Bloco AfroReggae. “Este ano faremos a terceira edição do curso, teremos muito trabalho pela frente, passei aqui para recarregar a energia, antes do ano letivo” – disse.

Um coro se formou quando o Bloco AfroReggae anunciou o término do sexto desfile consecutivo na cidade, e dizia: “o Rio é melhor do que a Bahia”.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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