A equipe de Responsabilidade Social do Voz das Comunidades realizou a nona edição do Pintando 7 neste sábado (29). O evento, que durou de 9h às 16h, contou com a presença de diversas crianças, que puderam curtir vários brinquedos, oficinas, fazer penteados, além de participar de contação de histórias com a escritora Sônia Rosa. E, ainda assistiram, de surpresa, ao show dos Hawaianos. A ação não acontecia desde 2019, por conta da Covid-19.
Geisa Pires, coordenadora da equipe de Responsabilidade Social, conta que a expectativa era muito alta para o primeiro Pintando 7 pós-pandemia. “Ficamos dois anos sem fazer o evento e as crianças sempre perguntavam sobre. A equipe se animou muito e conseguimos fazer. Começamos a nos programar com um mês de antecedência e o resultado está bem maior do que esperávamos”, diz. Geisa ainda confessa que ficaram receosos de não encher tanto. “Mas a expectativa foi superada e já temos 2 mil crianças dentro da festa até o momento”, comemorou. A expectativa era de 3 mil.
Integrante dos Hawaianos, Tonzão desabafa que para ele foi de extrema importância se apresentar no Pintando 7. “A gente se vê, né?! Renova a nossa identidade, porque um dia nós que estávamos indo nessas ações sociais, nós somos fruto social. Antes, era eu pequenininho ali gritando, vendo os artistas e fazendo fila para poder ganhar pipoca, cachorro-quente…”, relembra o artista.
Teste 3
Tonzão ressalta que, hoje em dia, poder contribuir da mesma forma é muito gratificante. “A gente está retribuindo aquilo que nos deram. Nossa obrigação, né?! Eu acompanho o Voz há muitos anos. Esse foi nosso primeiro show em ação social pós-pandemia”, revela. Ele se alegra ao dizer que, mesmo com quase 20 anos de carreira, ainda conseguem alcançar o público infantil. “Nós cantávamos para os pais deles”, comenta.
Entre as várias crianças presentes na ação, Anne, de 10 anos, se destaca ao oferecer uma oficina de bijuterias feitas de miçangas. “A gente não vê quase ninguém com essa idade fazendo bijuteria, então é meio estranho”, desabafa sobre estar à frente da oficina, rindo. “É minha primeira oficina da vida! E com certeza quero fazer mais. Parece que as crianças estão amando. A fila está cada vez maior!”, observa.
Anne é do Complexo do Alemão e tem uma lojinha online, chamada D’Anne Boutique Biju (@daanne.biju) e deu um presente ao Rene Silva uma pulseira e um bilhete que dizia: “Oi. Obrigada! Você não é traficante! Nós não somos traficantes. Você é referência! Favela é potência”.