No ano de 2005, época em que a mídia tradicional nem se quer mencionava o que existe de bom nas favelas e os verdadeiros problemas sociais que os moradores enfrentam no dia-a-dia, foi quando um menino de 11 anos de idade, aluno de uma escola municipal, decidiu criar um jornal pra comunidade do Morro do Adeus, uma das 13 que formam o Conjunto de Favelas do Alemão, pra mostrar tudo o que acontecia na sua comunidade.

Como tudo começou?

Aos 11 anos de idade, Rene Silva dos Santos, quando estudava na Escola Municipal Alcides de Gasperi, no bairro de Higienópolis, próximo da comunidade onde vive até hoje, no Morro do Adeus, criou o jornal VOZ DA COMUNIDADE após participar durante 3 meses de um jornal que já existia dentro da escola, criado por alunos do grêmio estudantil para mostrar o que acontecia dentro do ambiente escolar e propondo melhorias na qualidade de educação. 

Rene insistiu muito pra participar do jornal escolar, pois geralmente quem entrava eram alunos dos últimos anos e ele ainda estava na 5a série. Depois que entrou pra equipe do JORNAL VIP, nome dado ao folhetim bimestral da escola, começou a observar mais os problemas sociais que existiam entre sua comunidade e a escola. “Eram muitos lixos pelas escadas, ruas cheias de buracos e falta de saneamento básico em muitos lugares” – conta Rene, que com apoio das diretoras Talma Romero Suane e das professoras Adelaide, Monica e Ivanise para criar um jornal pra mostrar a realidade dos moradores do Morro do Adeus. 

Repercussão internacional

Em 2010 foi o grande ‘boom’ do jornal! Fomos destaque em todas as mídias nacionais e em muitas internacionais. Muita gente ainda pensa que nossa história começou neste ano, e não 5 anos antes. 

EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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