Brasil NÃO é o primeiro do ranking mundial de recuperados do Covid-19

Circula nas redes sociais, um suposto ranking com países e suas taxas de recuperação do coronavírus e o Brasil é o primeiro colocado dessa tabela seguido de países como Espanha,

Brasil NÃO é o primeiro do ranking mundial de recuperados do Covid-19

Circula nas redes sociais, um suposto ranking com países e suas taxas de recuperação do coronavírus e o Brasil é o primeiro colocado dessa tabela seguido de países como Espanha, Canadá, Itália, Japão e Estados Unidos. Essa afirmação é falsa. A maior taxa de recuperação é da China, Alemanha e Irã entretanto esses países não aparecem na postagem. Apesar dos números brasileiros apresentados estarem corretos, não é adequado comparar casos entre países com índices de testagem da população diferentes.

No Brasil, por orientação do Ministério da Saúde, os hospitais não testam grande parte dos pacientes, só os internados que apresentam Síndrome Respiratória Aguda Grave. Muitos vão ao hospital e são liberados com a recomendação de ficar no isolamento. Outros nem são atendidos. Sabemos que a subnotificação é uma realidade brasileira, há vários estudos de universidades, que sugerem que o número de casos é 12 ou 15 vezes maior do que o divulgado. Portanto, cientificamente não é pertinente comparar a taxa de recuperação do nosso país, se não sabemos a totalidade dos casos, com países que testam a maioria dos casos suspeitos.

EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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