Sessão especial do CineCarioca Nova Brasília exibe filme do Marighella

De forma gratuita, os moradores do Alemão assistiram a obra de Wagner Moura que retrata a trajetória do revolucionário Carlos Marighella
Foto: Selma Souza / Voz das Comunidades
Foto: Selma Souza / Voz das Comunidades

Na segunda-feira (06), a democratização da cultura foi um destaque no final da tarde e início da noite para os moradores do Complexo do Alemão, Zona Norte do Rio.

Em uma sessão de cinema popular, com distribuição de ingresso gratuito, a população local experimentou, de perto, um dos benefícios da democratização cinematográfica com a exibição do filme “Marighella” no CineCarioca Nova Brasília.

Dirigido pelo ator Wagner Moura e estrelado pelo cantor Seu Jorge, a obra teve sessão única e especial no primeiro cinema instalado dentro de uma favela do Brasil e reuniu cerca de 40 moradores.

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Daniel Fonseca de Souza, de 14 anos, foi um dos moradores que estava na exibição. Muito fã do filme, ele destacou. “Marighella conta a história de um revolucionário que, mesmo não tendo condições, nem poder, ele lutou pelo que ele acreditava, pelo povo e contra as injustiças que estava acontecendo no país na época (…) é uma pessoa que deve inspirar muitas pessoas por conta da situação a que vivemos hoje em dia.”

O filme Marighella conta a história do guerrilheiro e ex-deputado federal Carlos Mariguella. Produzido em 2019, o longa-metragem passou por censuras e proibições de veiculação nesses dois últimos anos no país.

Exibição do filme “Marighella” no CineCarioca Nova Brasília com moradores da localidade
Foto: Selma Souza / Voz das Comunidades

A exibição da obra é uma parceria do Voz das Comunidades, Prefeitura do Rio de Janeiro, Rio Filme e GW Cinemas.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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